28 giugno 2015

Siamo tantissimi dalla parte giusta! Dalla parte dei rifugiati!


Con la chitarra “Mare di Mezzo”, realizzata da Vecchini con il legno dei barconi naufragati a Lampedusa.

Posted by Missionarietà on Domingo, 28 de junho de 2015

Migrantes: al Consiglio europeo in tema di immigrazione ha vinto la chiusura e ha perso l’accoglienza

Critiche severe di monsignor Gian Carlo Perego, direttore generale della Fondazione Migrantes, al termine del Consiglio europeo in cui si è trattato il tema dei migranti che attraversano il Mediterraneo.

“Ancora una volta ha vinto la chiusura e ha perso l’accoglienza; ancora una volta ha vinto la tutela delle merci e della proprietà intellettuale, ma ha perso la tutela della vita delle persone; ancora una volta la sicurezza è legata alla crescita di armamenti e meno a un impegno europeo in percorsi di conoscenza, incontro, tutela. Ancora una volta ha perso l’Europa, la casa comune”.
E’ amaro il commento di Mons. Gian Carlo Perego, direttore generale della Fondazione Migrantes, al termine del Consiglio europeo in cui si è trattato il tema dei migranti che attraversano il Mediterraneo.
“Si è deciso a fatica la distribuzione di 60.000 persone migranti, 40.000 dei quali in via eccezionale, in un’Europa di 500.000 milioni di persone: 1 persona in più ogni 10.000 abitanti, mentre un paese come il Libano ne ha accolti 1 ogni 4 abitanti, uno in ogni famiglia”. “Il superamento di Dublino non tpuò avvenire con un’azione ‘eccezionale’, quale è quella decisa in questi giorni al Consiglio europeo, ma sarà reale quando si condividerà in maniera ordinaria e strutturale in ogni città e Paese europeo, a partire anche dall’Italia, l’accoglienza di persone che hanno diritto a una forma di protezione internazionale. E’ necessario, a questo proposito, rafforzare alle frontiere europee l’attenzione anche a riconoscere nuovi volti e storie di profughi che fuggono da disastri ambientali, violenze, tratta, per evitare respingimenti e rimpatri che non tutelano la vita e la dignità delle persone”, conclude il Direttore generale Migrantes.

26 giugno 2015

Presentation of the Encyclical "Be praised: on the care of our common home"


L'enciclica ci chiama a praticare il bene comune: la città e l'ambiente sono la casa comune. Viviamo spesso itinerari umani, frammentati e contradditori. Ognuno cerca di salvarsi nel proprio angolo. Ognuno persegue il proprio interesse. Ma c'è una “salvezza comunitaria”, che parte dall'inclusione dei deboli, preziosa risorsa di ecologia integrale. “E’ questo – ha detto papa Francesco- il tipo di mondo desideriamo trasmettere a coloro che verranno dopo di noi, ai bambini che stanno crescendo”. A tutti, allora, è chiesta una conversione alla costruzione responsabile della casa comune.

Card. Vegliò: migranti sono persone, non pacchi


Domenica 28 giugno tutti in marcia per Francesco!


La FOCSIV, raccogliendo la proposta della Campagna OurVoices diretta da GreenFaith, organizza per il 28 giugno a Roma una marcia per salutare l’Enciclica ecologica di Papa Francesco e per un impegno equo e ambizioso dei governi alla Conferenza di Parigi sul cambiamento climatico.
Un mondo interreligioso legato ai temi dell’ambiente, quello che lo scorso settembre ha marciato, ad iniziare dalla città di New York, per richiamare tutti a prendere provvedimenti concreti sui cambiamenti climatici.
Che ha visto la partecipazione di un milione di persone in 159 Paesi coinvolti con oltre 2.700 manifestazioni. Persone, bici, striscioni, palloncini, coreografie e danze: un popolo colorato che chiedeva un’inversione di rotta nelle politiche da cui dipende la sopravvivenza stessa del nostro Pianeta.
Alla marcia romana, che prenderà il via da Piazza Farnese alle 9.00 fino a raggiungere Piazza San Pietro per l’Angelus, aderiscono organizzazioni della società civile internazionali e nazionali, interessate ai temi ambientali e della giustizia sociale, movimenti religiosi di diverse fedi, accomunate dall’impegno per l’umanità e il Pianeta.

Mobilidade humana e mobilidade social

Pe. Alfredo J. Gonçalves

O fenômeno das migrações não se confunde, sem mais, com a mobilidade social. O conceito de mobilidade social, como indicam os próprios termos, representa a possibilidade de deslocar-se no interior da escala social. Pode ser ascendente, no caso em que alguém consiga subir de extrato. E pode ser descendente, quando ocorre o inverso e alguém perde status. Já o conceito de migração reporta-se à mobilidade humana, deslocamento geográfico no tempo e no espaço.

Entretanto ambas – mobilidade humana e mobilidade social – a partir de um ponto de vista mais acurado, se cruzam e se entrelaçam de acordo com uma série de fatores e circunstâncias sociais, econômicas, políticas e culturais. Em momentos de forte crescimento econômico e de desenvolvimento das forças produtivas (tempo de vacas gordas), por exemplo, é normal que se abram novas portas à mobilidade social, isto é, à oportunidade de galgar um ou mais degraus da escala social. Tal fator positivo, por si só, atrai inevitavelmente concorrentes de todos lados. Neste caso, a mobilidade social pode desencadear e/ou acelerar a mobilidade humana, os deslocamentos de massa. Novos imigrantes dispõem-se a disputar as oportunidades abertas.
Mas, como bem sabemos, o momento atual é de crise (tempo de vacas magras). Crise prolongada, sistêmica, estrutural... Epocal, dizem alguns. Em não poucos países, o crescimento está próximo ao percentual zero ou exibe índices negativos. No cruzamento complexo entre mobilidade humana e mobilidade social, a crise costuma provocar um fenômeno duplo, paradoxal e aparentemente contraditório. O "ascensor social”, digamos asim, como que se bloqueia, ou então funciona apenas na direção descendente.
Poucas são as possibilidades concretas de "subir na vida”. Semelhante realidade pode abrir caminho para a migração de profissionais liberais, cientistas, professores, técnicos especializados, jovens laureados – todos em busca de oportunidades em outros países ou regiões. Parcialmente, e em termos muito restritos e selecionados, desbloqueia-se o "ascensor social”.
Por outro lado, a mesma situação de crise, quando profunda e continuada, agrava as dissemetrias, desequilíbrios e desigualdades socioeconômicas entre os países ou entre regiões de um mesmo país. Em semelhantes circunstâncias negativas, também se abrem caminhos a outro tipo de deslocamentos humanos. Não tanto de pessoas que procuram uma posição superior em vista de sua capacitação profissional, como vimos acima, mas de pessoas e famílias que buscam, quase sempre e às vezes de forma desesperada, a mera sobrevivência. A capacidade de continuar a sonhar com um futuro menos deprimente. Aqui, pobreza, miséria, fome, violência, guerra provocam a fuga em massa.
A crise bloqueia parcialmente a mobilidade social ascendente. Nos dois casos indicados, pode levar à mobilidade humana, a fluxos migratórios novos e distintos entre si. Migrações seletivas e sempre minoritários, de um lado, migrações desordenadas e massivas, de outro. Enquanto determinados migrantes podem colocar sua capacitação especializada no mercado livre e mundial, a grande maioria só tem a oferecer, no mesmo mercado, os próprios braços e a vontade de trabalhar. Constitui a mão de obra fácil e barata, gigantesco "exército de reserva”, hoje tão globalizado quanto a própria economia.
Para os primeiros, abre-se uma luz, ainda que débil e duvidosa, no sentido de uma possível ascensão social no estrangeiro. Na perspectiva dos segundos, ao contrário, a migração representa em geral uma via de gradual degradação fora do lugar em que nasceram. Para estes últimos, efetivamente, o "ascensor social” só conhece o caminho de descida. Pouquíssimas serão as exceções, quer dizer, a conquista de um lugar melhor ao sol. Daí a necessidade de leis migratórias e de relações internacionais mais acolhedoras. Ditadas não tanto pela "segurança nacional”, e sim pela construção plural e coletiva da paz, onde cada pessoa e cada cultura tem algo a colocar sobre a mesa.

http://site.adital.com.br/

25 giugno 2015

13° Domingo - T.O. Ciclo B




O grito da terra, dos pobres e dos migrantes

"As mudanças climáticas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, econômicas, distributivas e políticas, constituindo atualmente um dos principais desafios para a humanidade. Provavelmente os impactos mais sérios recairão, nas próximas décadas, sobre os países em vias de desenvolvimento. Muitos pobres vivem em lugares particularmente afetados por fenômenos relacionados com o aquecimento, e os seus meios de subsistência dependem fortemente das reservas naturais e dos chamados serviços do ecossistema como a agricultura, a pesca e os recursos florestais. Não possuem outras disponibilidades econômicas nem outros recursos que lhes permitam adaptar-se aos impactos climáticos ou enfrentar situações catastróficas, e gozam de reduzido acesso a serviços sociais e de protecção. Por exemplo, as mudanças climáticas dão origem a migrações de animais e vegetais que nem sempre conseguem adaptar-se; e isto, por sua vez, afeta os recursos produtivos dos mais pobres, que são forçados também a emigrar com grande incerteza quanto ao futuro da sua vida e dos seus filhos. É trágico o aumento de emigrantes em fuga da miséria agravada pela degradação ambiental, que, não sendo reconhecidos como refugiados nas convenções internacionais, carregam o peso da sua vida abandonada sem qualquer tutela normativa. Infelizmente, verifica-se uma indiferença geral perante estas tragédias, que estão acontecendo agora mesmo em diferentes partes do mundo. A falta de reações diante destes dramas dos nossos irmãos e irmãs é um sinal da perda do sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes, sobre o qual se funda toda a sociedade civil” (Laudato Si’, nº 25).
Vale a pena citar todo esse número da nova Carta Encíclica do Papa Francisco – Laudato Si’ – centrado sobre as mudanças climáticas e as implicações para os, digamos, "refugiados climáticos”. Estes, apesar de seu "trágico aumento”, não são reconhecidos como tais. Prevalece, como se pode ver, a "indiferença geral”. Forçados a fugir de sua terra natal e ignorados quanto ao seu estado de refugiados, terminam ao mesmo tempo praticamente eliminados da própria face do globo terrestre, "nossa casa comum”, título do documento pontifício. Indesejados e rechaçados, constituem, aos milhares e milhões, os errantes e excluídos de uma "economia que mata e descarta”, insiste o Papa.
Uma das ideias centrais do texto – espécie de fio condutor que percorre suas páginas – é a estreita relação entre "a dívida ecológica”, de um lado, e a "dívida social”, de outro. Na verdade, duas faces da mesma moeda, uma vez que os primeiros a sofrerem pela devastação dos ecossistemas são aqueles que não dispõem de meios para defender-se de inundações, secas e outras catástrofes do gênero. "As agressões ambientais atingem o povo mais pobre”, diz o Pontífice, citando a Conferência Episcopal Boliviana (LS, nº 48). Em outras palavras, a degração do meio ambiente e a degradação do ser humano ocorrem simultaneamente, por isso mesmo não podem ser consideradas desvinculadas uma da outra. Qualquer conjunto de políticas públicas destinadas a sanar as feridas e "sintomas de doença” (LS, nº 2) do planeta terra, deve levar em conta as "feridas sociais” (LS, nº 6) das populações mais afetadas, debilitadas e indefesas.
A questão ecológica vem ganhando "maior consciência” e crescente sensibilidade de movimentos, entidades e organizações não governamentais (LS, nº 19). Insere-se intrisecamente na questão social, por sua vez fio condutor de toda a Doutrina Social da Igreja. Disso resulta uma "intima relação entre os pobres e a fragilidade do planeta” (LS, nº 16). Hoje – diz literalmente o Papa – "não podemos deixar de reconhecer que uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem social, que deve integrar a justiça nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres” (LS, nº 49).
Os migrantes – refugiados climáticos – costumam desmascarar essa estreita ligação entre os danos causados ao meio ambiente e os danos sofridos pelos extratos mais desfavorecidos da população mundial. O grito da terra, dos pobres e dos migrantes é um só e único. Muitos, impossibilitados de autodefesa, são pressionados à fuga em massa. Isto quer dizer que as soluções apontadas pelo documento, insistindo sempre sobre o protagonismo dos envolvidos, não podem deixar de lado os dramas dos migrantes, refugiados, prófugos, fugitivos... número que hoje alcança dezenas de milhões.

Pe. Alfredo J. Gonçalves
Assessor das Pastorais Sociais

Tauran: "Dialogo buddista-cattolico, parte della ricerca per cogliere il mistero della vita"

Il cardinale partecipa al convegno buddista-cattolico organizzato dai Focolari, al via oggi, a Castel Gandolfo, sui temi di sofferenza, liberazione e fraternità

"In un mondo in cui la diversità è vista come una minaccia, il nostro stare insieme in amicizia e pace è un segno di apertura reciproca e di impegno per la fraternità umana". Le parole del cardinale Jean-Louis Tauran, presidente del Pontificio Consiglio per il Dialogo interreligioso, ben sintetizzano il significato del convegno buddista-cattolico apertosi martedì 23 giugno a Castel Gandolfo, sul tema "Sofferenza, liberazione e fraternità".
Come spiega L'Osservatore Romano, l'incontro è stato organizzato dal movimento dei Focolari in collaborazione con il Dicastero vaticano e la commissione per l’ecumenismo e il dialogo della Conferenza Episcopale statunitense, e si concluderà sabato 27 giugno. Ad esso partecipano una cinquantina di delegati provenienti da cinque tra le più importanti città statunitensi - New York City, Chicago, San Francisco, Los Angeles, e Washington - che rappresentano le comunità cattoliche e buddiste di varie tradizioni (srilankese, thailandese, cambogiana, vietnamita, tibetana, cinese, zen, della Terra pura e le più recenti Won e Rissho Kosei-kai).
Nel suo intervento introduttivo, paragonando il dialogo tra le due realtà a un pellegrinaggio interiore, il cardinale Tauran ha preso spunto della dichiarazione conciliare Nostra aetate — di cui ricorre il 50° anniversario — per ricordare che nel "buddismo, secondo le sue varie scuole, si insegna una via per la quale gli uomini, con cuore devoto e confidente, siano capaci di pervenire allo stato di illuminazione suprema per mezzo dei propri sforzi o con l’aiuto venuto dall’alto" (Naum, 2).
Insomma, "siamo tutti pellegrini", ha affermato il cardinale, e il dialogo buddista-cattolico è "una parte della comune ricerca in corso per cogliere il mistero della vita e le verità ultime". Ecco allora che se ogni dialogo è un pellegrinaggio interiore, occorrono tre presupposti per arrivare alla meta.
Il primo, ha spiegato il presidente del dicastero vaticano, è "superare i pregiudizi, le ferite, le paure, al fine di ascoltare il proprio cuore e quello dell’altro". Il secondo è "l’attraversamento delle frontiere", cioè dei "confini, etnici, religiosi, linguistici e culturali, per conoscere, capire e rispettare l’altro", in modo da trasformare "l’ignoranza in conoscenza, un estraneo in un amico, l’ostilità per l’ospitalità e la divergenza in convergenza". Il terzo è il "ritorno a casa", cambiati dall’esperienza vissuta.
Infatti, ha concluso Tauran, nel mezzo delle tante sfide poste dalla società globalizzata, "la cooperazione interreligiosa sulla base dei valori» condivisi tra cattolici e buddisti è «in grado di risolvere questioni di interesse comune e di aprire la strada per una vera fraternità". Di qui l’auspicio "che questi cinque giorni di preghiera, di ascolto, di riflessioni e di discussione" siano davvero un’occasione propizia per "promuovere una maggiore comprensione e cooperazione tra noi per il bene della famiglia umana".

Valaperta: Suor Flora si racconta. Da oltre cinquant'anni è missionaria in Argentina

Una missione che dura da una vita. Anzi, una missione che è diventata la vita stessa. 

Sono passati tantissimi anni - 55 per la precisione - da quando suor Flora Galbusera, nata a Rimoldo, è partita da Valaperta alla volta dell'Argentina, dove avrebbe speso la sua vita come missionaria salesiana. "A 22 anni sono entrata nella congregazione delle suore salesiane di don Bosco, le Figlie di Maria Ausiliatrice. Dopo qualche anno mi hanno chiesto se volevo partire come missionaria. E ho risposto subito di sì. Avevo 29 anni e sono volata in Argentina", ci racconta. 
Ora suor Flora di anni ne ha 84 ma la passione per la missione, per l'Argentina, per i suoi poveri è ancora grandissima. Tanto grande da farle sentire la mancanza di Cordoba anche durante questi pochi mesi di ritorno a casa, in Italia, per salutare amici e famigliari e godersi qualche giorno di riposo. A Cordoba, la città in cui è stata destinata da qualche anno, di tempo per riposarsi ce n'è poco: suor Flora opera come missionaria insieme ad altre sei suore italiane e due preti salesiani. "Con noi ci sono anche un gruppo di ragazze, che studiano presso i salesiani e alcuni giovani argentini che al mattino ci raggiungono e ci chiedono se possono dare una mano: c'è tanto da fare". 
Suor Flora e le sue consorelle si occupano degli abitanti della Villa Miseria, cioè i vasti insediamenti periferici delle città argentine, e, in particolare, di Cordoba. Le condizioni di vita, qui, evidenziano la presenza di grossi disagi. "C'è molta violenza, manca da mangiare e le situazioni di povertà sono estreme. Non c'è lavoro e spesso le donne si arrangiano come possono per dar da mangiare ai loro figli, magari come domestiche nelle famiglie più ricche della città. Il livello di criminalità è molto alto".
Condizioni difficili, anche per chi cerca di dare una mano ai tantissimi abitanti di queste periferie. Ma suor Flora non si lascia certo intimorire, come testimonia anche la sua storia: da Rimoldo a tante città, zone e luoghi dell'Argentina, sempre per aiutare i più deboli e i più poveri. "Sono stata per tanti anni a Formosa, nel Nord dell'Argentina, vicino al Paraguay. Qui vive una comunità di indigeni, i Toba. Gente semplice e buonissima. Poi ho lavorato molto nelle periferie di alcune città, ad esempio Santiago del Estero. Da qualche anno, invece, vivo a Cordoba".
Accento spagnolo e il sorriso aperto di chi ha speso la propria vita per qualcosa di grande, assistere i poveri alla sequela di Gesù, suor Flora ci racconta ancora delle condizioni degli abitanti della Villa Miseria. A partire dalle case, di fortuna, fatte di latta e con il pavimento in terra battuta. "Le famiglie non sono ben costituite e i bambini sono tantissimi. Spesso gli uomini hanno più di una donna, scappano di casa e tornano dopo tanto tempo. Prima di tornare in Italia sono passata a salutare una signora che aveva diciotto figli!". E tanti di questi bambini, circa trecento, sono accolti dalle suore salesiane nell'"oratorio". "E' una grossa piazza, in mezzo alle case e lì aspettiamo i bambini e le donne, anche più volte a settimana. Il nostro lavoro è prima di tutto umano: portiamo loro qualcosa da mangiare, assistiamo le donne e diamo loro consigli su come educare i figli, sulla convivenza col marito. Insegniamo a leggere, a scrivere; le scuole ci sono ma i bambini non ci vanno, restano per strada tutto il giorno e non sono seguiti dalle famiglie. Noi li facciamo giocare e cerchiamo anche di farli muovere molto, con la ginnastica, per contrastare la violenza. Solo dopo questo intervento umano arriva quello spirituale: una volta a settimana proponiamo il catechismo, per chi vuole. Spieghiamo loro la Parola di Dio, che esiste un Dio che ci aiuta, ci protegge e ci ama. E quando piove? Andiamo tutti sotto le piante". 
Suor Flora racconta delle necessità e dei bisogni degli abitanti della Villa Miseria, non solo materiali, ma anche di ascolto, accoglienza, comprensione. E presso la casa delle suore Salesiane si trova sempre una mano pronta a dare una carezza e anche una mano più decisa, per riportare la pace tra due bambini che litigano. "Prima le periferie, poi la città. Anche il papa ha sempre lavorato nelle periferie". 
Una notizia, quella dell'elezione del papa argentino, che ha portato grande gioia in tutta la nazione, anche nelle suore salesiane e in suor Flora, che ormai, dopo 55 anni, si sente un po' valapertese e un po' argentina. "Purtroppo non si riesce mai a fare tutto quello di cui ci sarebbe bisogno, ma noi facciamo il possibile. La mia missione è sempre nelle zone povere: bisogna avere una vocazione speciale per i poveri, per vivere con loro tutta la vita. Noi suore siamo felici, lavoriamo bene e facciamo quello che possiamo". 
Sia le parole che gli occhi raccontano la semplicità di una felicità piena, che si conquista solo seguendo la propria vocazione e facendo qualcosa di grande. Grande tanto quanto l'amore per Gesù e per i poveri. Ancora qualche mese di riposo, per abbracciare la sua Brianza e i suoi cari, sempre vicini a suor Flora, come testimoniano le numerose iniziative di beneficenza a lei dedicate. E poi, di nuovo, in Argentina, per continuare la sua opera, per una felicità ancora più grande. "Riparto il primo luglio. Torno a casa, torno nella mia missione".


Suor Teodolinda GALLI

Carissime sorelle, il 20 giugno 2015, in un sabato del mese del S. Cuore di Gesù, accompagnata da Maria, dalla casa di cura “S. Giovanni” di Koganei – Tokyo (Giappone), è ritornata alla Casa del Padre la nostra carissima Suor Teodolinda GALLI. Nata a Lecco (Italia) il 24 marzo 1930. Professa a Casanova di Carmagnola (Torino) il 5 agosto 1959. Appartenente all’Ispettoria Giapponese “Alma Mater”.
Suor Linda, come fu sempre chiamata, nacque come quinta figlia, in una famiglia numerosa di otto fratelli e sorelle. Il papà era commerciante in laterizi e la mamma casalinga, ma tutte e due erano ferventi cristiani impegnati nell’Azione Cattolica, nella compagnia di S. Vincenzo ed altre attività parrocchiali. Linda crebbe perciò in un ambiente saturo di fede che contribuì a far maturare in lei il dono agli altri in un primo momento come volontaria e incaricata degli Scouts. La vocazione religiosa la maturerà più tardi, come exallieva, avendo frequentato per quattro anni l’Istituto Magistrale delle FMA di Lecco. Dopo aver conseguito il diploma di maestra per la scuola elementare, insegnò per alcuni anni in una scuola, continuando l’attività di volontariato.
Nell’occasione della prima professione come FMA della sorella maggiore Tilde, il 5 agosto 1947, si recò a Torino in via Cumiana. Lì sperimentò la certezza che la Madonna la chiamava: «Ti aspetto qui». Di fatto, esattamente 10 anni dopo, suor Linda faceva la Vestizione in quella cappella dove aveva sentito la chiamata. Dopo la professione, emessa il 5 agosto 1959, suor Linda fu inviata alla Casa “S. Cuore” di Torino, dove, mentre insegnava nella Scuola elementare, si preparava a partire per le missioni. All’Istituto internazionale di Pedagogia e Scienze religiose, infatti, c’era una suora giapponese (Suor Elisabetta Hirate) che le insegnava la lingua giapponese. Nel frattempo aveva ricevuto l’obbedienza per il Giappone da madre Angela Vespa. Partì il 20 ottobre 1960.
Arrivata là, in un primo momento fu assistente delle postulanti a Chofu, poi fu inviata a Akabane in aiuto alla Segretaria ispettoriale anche con il compito di assistente delle aspiranti. Dal 1965 passò alla Casa ispettoriale di Tokyo e nel 1967 venne nominata Segretaria ispettoriale, compito che svolse fino 1994 con un intervallo di due anni (‘72 - ’74) durante il quale fu direttrice della casa di Meguro.
Nel 1994, passò alla Comunità dell’Aspirantato continuando a collaborare nella segreteria ispettoriale e in aiuto alle suore filippine nella pastorale degli immigrati filippini. In questo compito, aveva una cura tutta particolare per le persone più deboli e volentieri si offriva per andare agli Uffici pubblici per richiedere documenti o attestati.
Suor Linda dava molta importanza alla vita spirituale e alla preghiera. Quando parlava di Dio diceva sempre “Il Buon Dio”. Spesso le suore ricorrevano a lei per chiedere spiegazioni o favori. Suor Linda si dimostrava sempre disponibile come se quella persona fosse l’unica. Per questo, a volte, il suo lavoro rimaneva indietro e doveva stare alzata di notte per finirlo. Era una persona retta ed esigeva questo anche dalle altre. Nelle relazioni questo poteva essere motivo di incomprensioni, ma suor Linda era di vedute larghe e non si scoraggiava.
Dal 2013, la sua salute subì un forte indebolimento. Nel giugno 2014, le venne diagnosticato un cancro alla lingua. Avendo scelto di non fare le chemioterapie, accettò il lento declino. Fu per questo ricoverata nella casa di cura “S. Giovanni” per malati terminali e lì, nella preghiera aspettò l’incontro con il suo Signore. La malattia è stata un tempo di forte purificazione per lei.
Siamo grate a suor Linda per il dono della sua vita e l’offerta della sua morte che ci insegnano come davvero chi si fida del ‘Buon Dio’ ci fanno sperimentare la pace che si prova quando si vive abbandonati a Lui.
Offriamo la preghiera di suffragio per questa cara sorella missionaria perché possa godere della visione di Colui che ha fortemente amato.

L’Ispettrice
Suor Teresina Morishita Wakayo

Suor Antonija CVETKO

Carissime sorelle, la mattina del 20 giugno 2015 nella casa “S. Giuseppe” di Haledon, New Jersey (Stati Uniti), dopo un lungo cammino di sofferenza, si è spenta serenamente la nostra carissima sorella Suor Antonija CVETKO. Nata a Bucĕćovcik (Jugoslavia) il 20 aprile 1913. Professa a Conegliano Veneto il 5 agosto 1940. Appartenente all’Ispettoria Statunitense “S. Filippo Apostolo”.
Suor Antonija parlava poco di se stessa, tuttavia stralciando dalla sua breve autobiografia, sappiamo che nacque in una famiglia cristiana esemplare. I genitori si dedicavano alla formazione morale e spirituale dei loro tre figli di cui Antonija era la più giovane. L’unico fratello morì all’età di 13 anni lasciando le due sorelle che, amando ambedue la preghiera, strinsero fra loro un profondo legame spirituale. Suor Antonija descrive il papà uomo prudente, retto e deciso nel suo operare. La mamma era una donna di molta bontà e aveva a cuore la formazione spirituale delle figlie. Frequentava spesso con loro la parrocchia salesiana in un paese vicino soprattutto per la Confessione e le celebrazioni delle feste salesiane. A quel tempo, le FMA non erano ancora arrivate in Jugoslavia e i Salesiani mandavano le giovani che avevano vocazione a Nizza Monferrato. In quella parrocchia Antonija trovò una guida spirituale che l’aiutò nel discernimento vocazionale.  
Nel 1937 le FMA aprirono una casa in Jugoslavia e Antonija fu la prima aspirante. Dopo pochi mesi, fu mandata in Italia per il noviziato. Fece professione il 5 agosto 1940 e fu presto inviata alla casa “Immacolata Concezione” di Conegliano, ove rimase fino al 1948 compiendo con fedeltà il lavoro di guardarobiera e assistente dell’oratorio. Notando la sua maturità umana e spirituale, le superiore accettarono la sua domanda per le missioni. Fu destinata a Cuba ove lavorò con gioia e generosità nelle case di El Carmen e Camagüey come catechista e aiutante dell’oratorio fino al 1961.
Quando Fidel Castro divenne presidente di Cuba, suor Antonija, che aveva vissuto sotto il regime comunista nel suo paese, riconobbe subito i segni di un governo dittatoriale. Nel maggio del 1961 una novantina di FMA, fra cui anche suor Antonija, abbandonarono case e scuole e raggiunsero gli Stati Uniti. In poco tempo un buon numero di FMA furono accolte nelle case dell’Ispettoria, altre vennero mandate in paesi del Centro America e nel Cile. Suor Antonija rimase negli Stati Uniti nella casa “S. Cuore” di Ipswitch, dove i Salesiani avevano l’aspirantato. Qui per undici anni fu cuoca e sacrestana. Dal 1972 al 1987 lavorò nelle case “Maria Ausiliatrice” di North Haledon e “S. Rosario” in Port Chester sempre come cuciniera. Nel 1988 fu trasferita definitivamente nella casa ispettoriale “S. Giuseppe” di Haledon, ove continuò a dare il suo contributo in cucina fino a quando le forze glielo permisero.
Suor Antonija aveva una pietà profonda e semplice, nutrita di fede, di attenzione preveniente verso le sorelle, di obbedienza nel compimento della volontà di Dio. Aveva un amore filiale per l’Ausiliatrice e riponeva in lei ogni preoccupazione. Le sue caratteristiche virtù furono l’umiltà e la semplicità. Queste le erano quasi connaturali e la rendevano attraente e simpatica. Era calma nel lavoro, ma sbrigava tutto con puntualità e senso di responsabilità. In comunità era un elemento sereno e gioioso: contribuiva attivamente agli incontri comunitari e alle feste liturgiche suonando la fisarmonica e regalando immancabilmente un canto in lingua slava. Quando le si chiedeva un favore, era sollecita nel dare subito l’aiuto richiesto. Le sorelle che l’hanno conosciuta serbano in cuore la sua delicatezza d’animo e il profondo spirito di fede.  
Nel settembre del 2006 fu colta improvvisamente da paralisi. Sembrava che il Signore sarebbe venuto presto a prenderla con sé, ma suor Antonija superò la prova e fu dimessa dall’ospedale, ma era bisognosa di tutto. Accettò questa nuova espressione della volontà di Dio con pace, anche se non le mancarono momenti di lotta e di ansietà. Era riconoscente verso le infermiere e le sorelle che la visitavano e chiedeva che le si cantassero lodi mariane e, quando poteva, univa la sua voce al coro.
Durante le lunghe giornate di solitudine e immobilità, trovava conforto nell’Eucarestia, che seguiva attraverso la televisione, e nella recita del S. Rosario. Il Signore visitò la sua sposa fedele il 20 giugno e la trovò pronta per il paradiso. Carissima suor Antonija, sei stata una FMA felice e trasparente, ora ottienici da Gesù vocazioni capaci come te di donazione generosa.

L’Ispettrice
Suor Karen Dunn

24 giugno 2015

Patagonia, Missionarietà e Concretezza

Dall'incontro di Papa Francesco con i Salesiani e le FMA, nella Basilica di Maria Ausiliatrice (21 giugno 2015)



Il vostro carisma è di una attualità grandissima. Guardate le strade, guardate i ragazzi e fate decisioni rischiose. Non abbiate paura. Come ha fatto lui.
Vi ringrazio tanto di quello che fate nella Chiesa e per la Chiesa. Vi ringrazio tanto per la missionarietà. Tanti salesiani nascosti in Africa… Penso ai primi tempi della Patagonia, quando le suore andavano là con l’abito di quel tempo – come facevano quelle donne sul cavallo? – e hanno evangelizzato la Patagonia. E i martiri salesiani della Patagonia…
Non è che io abbia una ossessione per la Patagonia. Ma don Bosco l’ha sognata! E ha inviato là. Tanto bene hanno fatto i primi salesiani. E forse il rettore si ricorda quando è venuto da noi per un incontro di beatificazione, con i vescovi della Commissione permanente, ad Aparecida per cercare il posto dove farla. E c’era una proposta buona, di farla a Buenos Aires così tutti gli ex alunni potevano venire. E io mi sono opposto, si ricorda? No, si deve fare in Patagonia! Ma non era una città. Il card. Bertone, che ha fatto la beatificazione, si ricorda.. Era un campo!
I salesiani che non hanno questa concretezza delle cose… Gli manca qualcosa. Il salesiano è concreto, vede il problema, ci pensa e lo prende in mano. Alla fine ho detto “come arcivescovo non darei il permesso”… su questa missionarietà vi dico una cosa: in una delle regioni della Patagonia è stata abbandonata dai preti. Lì non c’erano i salesiani. Durante 15 anni sono entrati evangelisti… Quello era un popolo religioso ma isolato. Loro volevano sentire la Parola di Dio e andavano dal pastore. Si sono più o meno convertiti. Una signora colta – i salesiani non erano sul posto ma avevano fatto tante missioni lì – quando è tornato un nuovo parroco lo ha ricevuto male. Lo ha accusato di averli abbandonato. E alla fine lo ha fatto passare un poco. Alla fine, il sacerdote ha chiesto perdono e mentre usciva la donna lo ha richiamato. Gli ha fatto vedere la statua di Maria Ausiliatrice: “Io sono evangelica adesso, ma questa non la lascio. L’ho nascosta perché non la veda il pastore”. Questa è la vostra missionarietà, grazie tante per quello che fate in tutta la Chiesa.

22 giugno 2015

Accoglienza migranti. Ecco la mappa dei "monasteri" aperti ai rifugiati

Ci sono uomini che passano e non vanno oltre. Si chinano sulle sofferenze e da esse si lasciano interpellare. Osano sognare il futuro, generano Speranza... Tra loro tanti religiosi e religiose, sulle frontiere, liberi da tutto, per comunicare l’ “Altro”.


Chi è straniero

“Extracomunitario” non è chi abita fuori dei tuoi confini, ma forse sei tu se non ami il tuo vicino

Di Padre Andrea Panont

Cattolico significa universale. Cattolico è chi ama tutti e da tutti è amato. Cattolico è colui che in ogni angolo della terra si sente a casa sua. Cattolico, cioè universale, è chi, in qualsiasi nazione viva, si trova nella sua patria e in ogni uomo accanto a sé, vede un fratello, un figlio dello stesso papà.
Dio non conosce le delimitazioni geografiche; i confini delle nazioni non li ha disegnati Dio…, le barricate delle città, le fortificazioni e i muri di difesa fra un popolo e l’altro non li ha costruiti Dio.
Ma chi è straniero? Chi non fa parte del tuo territorio ben delimitato; chi non vive nel tuo paese segnato da confini; comunque colui che il tuo cuore non riconosce facente parte della tua famiglia. Questo tuo modo di pensare mette anche te tra gli stranieri, perché di conseguenza sei straniero anche tu rispetto a quelli che tu definisci stranieri nei tuoi confronti.
Voi non siete più né ospiti, né stranieri…ma cittadini e familiari di Dio…E’ il padrone del mondo che parla, è Colui che ha fatto questa casa per tutti i suoi figli…e non c’è nessuno che nasca in questo mondo e non sia suo figlio…Eredi tutti dell’universo perchè coeredi di Gesù… attraverso Lui il Padre ha fatto l’universo.
Di Dio è la terra e quanto contiene. La casa ospita quanti vuole il cuore del proprietario. Dimmi chi hai per papà e ti dirò chi sono i tuoi fratelli.
Allora è fuori dalla comunità - “extracomunitario” - chi non vive questa dimensione.
“Extracomunitario” non è chi abita fuori dei tuoi confini, ma forse sei tu se non ami il tuo vicino. Estromettendo tuo fratello, estrometti te stesso escludendoti dal calore di Dio.
Ciao da p. Andrea

Cei, on line le schede per capire l'islam

Accade sempre più spesso che alle porte delle chiese bussino migranti musulmani che magari chiedono un aiuto per sé e per le loro famiglie. Oppure è frequente che negli oratori o nei campi estivi si registri un’ampia partecipazione di ragazzi di fede islamica che i loro genitori affidano con fiducia alla comunità parrocchiale. Altrettanta vicinanza “cristiana” si tocca con mano negli ospedali o nelle carceri dove sacerdoti e consacrati sono accanto a chi soffre.
Nell’Italia dalle molteplici presenze religiose i luoghi dell’incontro fra cristiani o musulmani sono ormai dietro l’angolo. Ambienti quotidiani che possono diventare “cattedre” del dialogo fra le due fedi. Serve, però, un’attenta conoscenza dell’altro, del suo credo, delle sue tradizioni. Da qui il percorso che ha appena lanciato l’Ufficio nazionale per l’ecumenismo e il dialogo interreligioso della Cei. Al centro una serie di schede pastorali (alcune sono già online su www.chiesacattolica.it) per approfondire la conoscenza dell’islam da parte dei cristiani. «Pur non avendo la pretesa di essere un progetto esaustivo – nota il direttore dell’Ufficio Cei, don Cristiano Bettega – coltiva la speranza di suscitare interesse e di contribuire a creare una mentalità di dialogo».
La comprensione consente di vincere i pregiudizi. «È innegabile – spiega il vescovo Mansueto Bianchi, già presidente della Commissione episcopale per l’ecumenismo e il dialogo interreligioso, che firma l’introduzione all’itinerario – che, almeno a livello emotivo e talvolta superficiale, nell’opinione pubblica i musulmani siano percepiti come la nuova realtà religiosamente connotata più problematica e spesso minacciosa. La dominante della mera paura istintiva e reattiva comporta il grande rischio per tutti dell’irrigidimento e della chiusura in cerchie autoreferenziali, falsamente rassicuranti e che scoraggiano o inquinano la relazione fra persone e comunità, unica autentica e praticabile via verso almeno la conoscenza e il rispetto reciproci».
Certo, non aiutano, prosegue Bianchi, «le drammatiche condizioni delle minoranze cristiane in vaste aree del Medio Oriente, che lungi dal favorire e radicare ancor più diffidenza e conflittualità fra noi e i musulmani che risiedono nel nostro Paese, dovrebbero motivarci ulteriormente nel ricercare e rendere possibili forme diverse di interazione con essi».
Le schede sono pubblicate online sul sito Cei (www.chiesacattolica.it/unedi) e vengono curate da studiosi italiani. «Eviteranno un linguaggio accademico a beneficio di un linguaggio semplice, per essere il più possibile alla portata di tutti», sottolinea don Bettega. I temi saranno a vasto raggio: dalle basi dell’islam agli aspetti legati alla scuola, agli ospedali, alle carceri, passando per le feste islamiche, le regole alimentari, la questione della donna, il mondo del lavoro, l’atteggiamento da avere durante una visita in moschea o nel momento in cui in oratorio dovesse presentarsi un ragazzo musulmano.
«I destinatari – afferma il direttore dell’Ufficio Cei – sono innanzitutto coloro che per ministero, professione o servizio incontrano regolarmente i fratelli musulmani nei più diversi contesti e tutti coloro che vogliono saperne di più su questo variegato mondo».
Il dialogo con l’islam ha come punto di riferimento la dichiarazione conciliare Nostra aetate dove si evidenzia che la Chiesa guarda «con stima i musulmani che adorano l’unico Dio». Spiega il vescovo Bianchi: «Le esperienze della storia non vanno certamente ignorate né sottovalutate, tuttavia non possono né devono essere un pretesto per rimanere succubi del male che spesso ha prevalso. Del resto l’attenzione, l’ascolto e la condivisione non sono “altro” rispetto all’annuncio della salvezza portata da Cristo e all’inizio del Regno già in mezzo a noi.
E che questa suprema opera di riconciliazione sia intrinsecamente evangelica, lo dimostrano anche le attuali circostanze nelle quali le identità religiose ideologicamente intese e politicamente strumentalizzate sono tutte minacciate nella loro intima e autentica dimensione spirituale e morale».


19 giugno 2015

Migranti: veglia ecumenica per vittime nel Mediterraneo


18 giugno 2015

L’approdo che non c’è. Proteggiamo i rifugiati più delle frontiere #conirifugiati2015


In un quadro internazionale particolarmente drammatico, la violenza del terrorismo colpisce civili inermi, anche con l’obiettivo di farci sentire tutti sotto assedio, in balia di un nemico che sembra assumere le sembianze di un fantasma. La paura e il sospetto moltiplicano i muri, materiali e immateriali, che sempre più spesso tagliano fuori proprio i rifugiati, che di quelle violenze sono le principali vittime. Mai come in questo momento decine di milioni di persone sono costrette alla fuga da crisi umanitarie gravissime, da nuovi conflitti e da guerre decennali mai risolte.
Per rompere questa spirale di violenza è necessario riportare al centro dei ragionamenti l’uomo, la sua dignità e la sua inviolabilità e riscoprire il valore del bene comune. Dalla paura, come dalla crisi, non si esce da soli. Chiediamo all’Europa di renderci cittadini di un’Unione capace di ascoltare il grido di un’umanità ferita e di attivarsi fattivamente per promuovere con urgenza la pace a tutti i livelli. Un’Europa che trovi il coraggio di creare canali umanitari sicuri che sottraggano i rifugiati alla guerra, alle stragi in mare e nel deserto e alla cupidigia di chi trasforma in profitto la loro disperazione. Un’Europa che non sia la somma degli interessi dei singoli Stati, ma un progetto comune di sviluppo umano, solidamente fondato su valori condivisi.
Anche in Italia si sente il bisogno di uno sforzo ulteriore per fare fronte alle sfide complesse del nostro tempo, con uno sguardo capace di sollevarsi dalla logica dell’emergenza. Resta urgente un sistema di accoglienza adeguato, diffuso, proporzionato ai bisogni reali di chi arriva per chiedere protezione. Ancora più necessaria è una pianificazione partecipata e innovativa per offrire soluzioni di integrazione sostenibili e capaci di valorizzare il contributo che ciascuno può dare. Accogliere i rifugiati può diventare un’occasione per immaginare insieme nuovi percorsi per costruire una società più giusta, una democrazia più compiuta, un Paese migliore.
Segnaliamo di seguito le nostre iniziative previste per la Giornata Mondiale del Rifugiato 2015.

Martedì 16/06:
- Si è svolto, presso l’Aula Magna della Pontificia Università Gregoriana, il colloquio sulle migrazioni “L’approdo che non c’è. Proteggiamo i rifugiati più delle frontiere”. Il costituzionalista Stefano Rodotà e il direttore generale della Fondazione Migrantes Giancarlo Perego, moderati da Giorgio Zanchini, hanno dato vita a un dialogo sulle principali questioni legate all’asilo in Italia e riportato il dibattito pubblico su un piano di tutela dei diritti e di rispetto della dignità umana. A introdurre il convegno p. Camillo Ripamonti e la testimonianza di Ester, rifugiata dalla Costa d’Avorio. La presentazione di un video, realizzato in collaborazione con Artigiani Digitali, ha permesso di dare voce a diversi rifugiati in Italia e al loro “approdo che ancora non c’è”. Ai partecipanti è stato distribuito un testo inedito di Enzo Bianchi“Lo straniero. Dall’incontro all’ospitalità”, discorso pronunciato dal priore di Bose in occasione della presentazione del Rapporto annuale 2015, disponibile nella sezione Pubblicazioni.


AMERICA/BRASIL - En la frontera entre Perú y Bolivia, encrucijada de migrantes

Rio Branco – Río Branco, en el estado de Acre, en Brasil, en la frontera con Perú y Bolivia, es una zona especialmente crítica para los migrantes: según datos de la Secretaría de Justicia y Derechos Humanos del Estado de Acre, desde el 2010 hasta marzo de 2015 han entrado a través de esta frontera 35.938, de los cuales, 32.793 haitianos, 2.774 senegaleses, 322 de la República Dominicana. Según las estadísticas aproximadas, en Río Branco llegan cada día entre 300 y 1.200 migrantes, en una estructura que puede alojar a un máximo de 250.
Acogiendo la petición del Obispo de Río Branco, Su Exc. Mons. Joaquín Pertiñez, quien ha destacado como “una urgencia innegable la necesidad de atención pastoral a los inmigrantes que llegan cada semana”, las Hermanas Misioneras de San Carlos Borromeo, Escalabrinianas, han inaugurado recientemente su nueva misión en este contexto (véase Fides 06/06/2015).
Según la información enviada a la Agencia Fides, su objetivo es ser una presencia pastoral a través de la hospitalidad evangélica, para que los inmigrantes se sientan amados y consolados en su camino, tanto a “la llegada, como en el momento en el que se refugian en la ciudad de Rio Bianco, con especial atención a las mujeres, los niños, a los inmigrantes más vulnerables. El trabajo de las Escalabrinianas se basa en el fortalecimiento del equipo y en la consolidación de la Pastoral de Movilidad Humana de la Diócesis de Río Branco, en la zona fronteriza. Colaboran en la casa de acogida, “Chácara da Aliança”, mientras que las iniciativas socio-pastorales están en aumento, con el fin de promover servicios que puedan garantizar la integración de los inmigrantes en el país (como clases de portugués, información sobre la realidad brasileña, sus derechos y deberes, etc.). No faltan las propuestas para sostener la fe de los migrantes, con actividades religiosas e interreligiosas que puedan favorecer la coexistencia armoniosa y la integración cultural.

"A noi la distinzione tra rifugiato e migrante non interessa. A noi interessano le persone."


Ungheria: muro di 4 metri a confine con Serbia per frenare flussi migratori

Ad annunciarlo il ministro degli Esteri, Peter Szijjarto: "L'Ue cerca soluzione, ma l'Ungheria non può permettersi di aspettare più a lungo"

Mentre l'Europa cerca soluzioni per risolvere l'emergenza immigrazione, dall'Ungheria arriva la notizia che presto verrà costruita una recinzione alta 4 metri lungo l'intero il confine con la Serbia per arginare il flusso di clandestini nel paese.
Ad annunciarlo il ministro degli Esteri, Peter Szijjarto, durante una conferenza stampa, dove ha detto: "L'immigrazione è uno dei problemi più gravi per l'Unione europea di oggi. I paesi dell'Ue cercano una soluzione, ma l'Ungheria non può permettersi di aspettare più a lungo". Szijjarto ha parlato di un tratto di confine lungo 175 km (110 miglia), "la cui chiusura fisica potrà essere realizzata con una recinzione alta quattro metri. Il ministro dell'Interno ha ricevuto l'ordine di costruirla".
La decisione era già stata in parte anticipata la scorsa settimana dal premier conservatore ungherese Viktor Orban il quale aveva confermato che l'Ungheria avrebbe chiuso i suoi confini per limitare l'accesso degli immigrati e dei richiedenti asilo nel paese che, solo nel 2014, ha accolto oltre 43mila rifugiati.
Intanto da Milano, dove in visita alla Expo 2015, il premier britannico David Cameron ha affermato che bisogna frenare il traffico dei migranti dalla sponda sud del Mediterraneo. Per farlo - ha detto - è necessario "un approccio globale: "Ci vuole un nuovo governo in Libia che dia la caccia alle gang criminali, un approccio globale per lavorare con voi, con i vostri servizi di intelligence in Sicilia". Da parte sua, il Regno Unito - ha assicurato il primo ministro - metterà a disposizione dell'Italia "uomini e risorse" per cercare di rompere il collegamento" fra immigrati e scafisti.

16 giugno 2015

Corso gratuito d’inglese per gli italiani: gli insegnanti sono i rifugiati


15 giugno 2015

L’approdo che non c’è - Proteggiamo i rifugiati più delle frontiere


Andrea Riccardi: dialoghi di civiltà tra Oriente e Occidente

Sono molto contento di aprire questo incontro su Oriente/Occidente: dialoghi di civiltà. Oriente e Occidente sono termini evocativi. Non è semplice definire i loro confini, anche se ci sono stati imperi d’Oriente e d’Occidente. Non facilmente definibili, eppure Oriente e Occidente esistono: due grandi realtà della storia che abbiamo incontrato. Esistono nella percezione delle persone e nella vita dei popoli. Sono realtà non sempre identificabili territorialmente. Tanto che l’Occidente è più grande dell’Europa e delle Americhe. L’Oriente che rappresentate è forse uno degli Orienti, accanto all’India, alla Cina, ai mondi asiatici. L'islam è più vasto dell'Oriente arabo-islamico. Nell'Oriente arabo-islamico ci sono anche i cristiani.
Oriente e Occidente esistono. Sono culture, civiltà, mondi. S'intersecano tra di loro, tanto che si parla di un Oriente interiore all’Occidente o di un’occidentalizzazione dei paesi orientali. Molto si potrebbe però dire riguardo alla storia, alla tradizione, alla cultura di questi due mondi. Le biblioteche sono piene di studi antichi e recenti in proposito.
Oggi qui ci sono due mondi a confronto: l’Occidente europeo e il mondo orientale arabo-islamico. Si parlano. C’è oggi una grande novità, con cui Oriente e Occidente debbono fare i conti: l'affermazione del mondo globale, che ha messo in discussione le identità, nazionali, religiose, di civiltà. Siamo –da una manciata di anni- in un radicale processo di cambiamento, che tutto rimette in discussione, travalica i confini, ridiscute identità tradizionali acquisite.
Molti hanno reagito in modo sbagliato, emozionale, conflittuale alla globalizzazione: tutte reazioni tipiche dello spaesamento generato dall’apertura di orizzonti globali. Sono nate interpretazioni della storia che vorrebbero mettere ordine –intellettuale e politico- al presente in movimento: è la teoria dello scontro di civiltà, che ha considerato inevitabile il conflitto tra Occidente europeo e mondo orientale-islamico. Non è solo l’invenzione dello studioso americano Samuel Hungtinton, bensì un’opzione spesso ricorrente quanto terribile e semplificatoria. Questa teoria ha trovato successo non solo in taluni settori occidentali, ma anche in ambienti musulmani che hanno nutrito interpretazioni dell’islam aggressive e terroristiche.
In questa prospettiva, il Mediterraneo si sarebbe dovuto trasformare nel mare della nuova guerra fredda tra Oriente islamico e Occidente europeo: tra islam e cristianesimo, tra islam e Occidente. Quasi recuperando un archetipo del passato, presentato come modello del futuro, considerandolo un'espressione ovvia della natura dei due mondi, delle religioni e delle culture. Insomma un inevitabile conflitto di civiltà tra Occidente e Oriente.
Non è questo il nostro sentire. Bisogna sgombrare il campo da questi equivoci, che giustificano moralmente distanze, odi e violenze. La teoria del conflitto e le politiche conseguenti hanno riempito il mondo di orrori e di sciagure. Il Mediterraneo, mare di tanti incontri e di tanti dolori (penso a quelli dei rifugiati dalla Siria, da vari paesi africani), non deve essere il lago di una nuova guerra fredda: non più quella tra Occidente e mondo comunista, ma ora tra Occidente e islam. Oggi le teorie sono diventate anche pratica della guerra. Questo pone un'urgenza: avvicinarci, parlare, intenderci nel rispetto delle differenze.
Forse siamo stati troppo passivi nei confronti di quanti hanno distrutto i ponti, seminato terrore e predicato odio. Nella percezione dei popoli le distanze si sono allargate. Tra l’Occidente europeo e l’Oriente islamico ci sono ancora vuoti da colmare. Sono anche il frutto di rapporti politico-economici, che non hanno investito sul dialogo delle culture e delle civiltà. Se non cresce la lingua della cultura, come potranno intendersi due mondi?
Questa è la prima visita in Europa del Gran Imam di Al Azhar, Ahmed Al Tayyeb, che rappresenta la prima sede universitaria del mondo islamico, la cui autorevolezza va ben al di là dell’Egitto, come ho potuto constatare durante la conferenza che egli mi invitò a tenere a Al Azhar. E', nella storia, la prima visita in Italia di un Gran Imam di Al Azhar. La delegazione di esponenti musulmani che l'Iman Al Tayyeb guida mostra l’ampiezza della capacità di convocazione di Al Azhar e la sua autorevolezza. Questa visita è, per noi, un segnale importante nel senso della volontà di parlarci. Il Gran Iman è, per me, un amico, ma non mi sfugge il significato di questo suo passo.
C’è un vuoto d'incontro e di dialogo da colmare: non solo a livello di élite, ma quel dialogo che faccia crescere la simpatia tra i popoli. Non si può vivere e lavorare insieme, senza far crescere il capitale di simpatia, che è il motore di un dialogo quotidiano tra la gente e dell'incontro tra civiltà. Bisogna investire sulla simpatia, sul dialogo, sull'incontro, sulle connessioni tra culture e civiltà.
E’ per questo che l’Università di Al Azhar e la Comunità di Sant’Egidio, radicate in due mondi diversi e con storie diverse, hanno parlato di dialoghi di civiltà. Non è un caso aver scelto come sede Firenze e ringrazio il Sindaco Nardella dell’accoglienza cordiale e partecipe. Firenze è, con i suoi monumenti e la sua storia, testimone vivente di un’epoca molto creativa in Occidente: all’umanesimo fiorentino dobbiamo la nascita di gran parte della cultura occidentale moderna. Firenze inoltre, in tempi recenti –penso agli anni Cinquanta-Sessanta del secolo scorso-, come città e come Comune (in questa stessa storica sala), è stata cuore dei primi dialoghi di civiltà del Mediterraneo, lanciati dal sindaco Giorgio La Pira. Furono i primi dialoghi di civiltà del Novecento, grazie alla geniale intuizione del sindaco di Firenze, che il Mediterraneo dovesse diventare un lago di pace e d'incontro. Era convinzione di La Pira, mezzo secolo fa: che ci fosse bisogno di un umanesimo planetario. E’ la nostra convinzione oggi, nel mondo globale: un umanesimo, in un tempo – il nostro- caratterizzato purtroppo da grandi barbarie anche solo sul Mediterraneo.
Dialogo richiede di uscire dal proprio mondo e incontrare. Oggi in un mondo difficile, tutti gli universi culturali e le civiltà sono tentati dall’introversione e dalla chiusura: la paura di avventurarsi sui sentieri del mondo. L’Europa, nella sua lunga storia, ha conosciuto tante epoche di estroversione: spesso, nel passato, l'estroversione ha significato dominazione, colonialismo, egemonia. E' possibile una nuova estroversione del nostro continente?
Nella sua lunga storia, l’Europa è stata anche la terra della guerra tra europei. Tuttavia, dopo la seconda guerra mondiale, si è realizzato quel processo che ha portato all’Unione Europea, un processo che –dopo l’89- ha conosciuto un’accelerazione rapida con l’allargamento ai paesi dell’Est ex comunista. Di questo processo è stato protagonista un grande europeo, quale Romano Prodi, una delle personalità che meglio ci parla del nostro continente e che ci onora con la sua presenza, testimoniando la visione di un'Europa unita e aperta nell'incontro.
L’Occidente europeo, l’Unione europea, non è solo una realtà ricca di potenzialità economiche, ma è anche una sedimentazione unica al mondo di archeologia e arte (lo dico a Firenze), di beni culturali, di risorse umane, di cultura. La sua storia viene da profonde radici religiose, quelle cristiane, portate nel nostro continente dagli apostoli che venivano dall’Oriente (la luce dall’Oriente, lux ex Oriente), sviluppate in venti secoli di storia. Questa storia cristiana non è passato, ma anche vissuto degli ultimi secoli, come mostra il martirio dei cristiani nell’Europa sotto dominio comunista nel Novecento. L’Europa ha un’anima religiosa e di spiritualità. Questa anima religiosa spinge a uscire e incontrare: ben la rappresenta la figura di Abramo, che uscì con fede verso una meta che non conosceva.
Religione minoritaria, ma rilevante nel continente, è l’ebraismo, radicato da due millenni e più. Oggi il mondo religioso europeo ha una sua componente nuova rappresentata dagli immigrati musulmani. L’Europa non è così secolarizzata come viene talvolta rappresentato. Come sarebbe stata possibile la lotta al regime comunista polacco senza il sostegno di un’anima religiosa negli anni Ottanta dello scorso secolo?
L’Europa è anche storia di ricerca di libertà, che ha portato a conflitti, ma che rappresenta un passaggio decisivo per comprendere il continente. Benedetto Croce, grande filosofo italiano della prima metà del Novecento, parlava della storia europea come di storia di ricerca della libertà. Ma il politologo francese, Raymond Aron, liberale convinto, nella sua ultima lezione al Collège de France, notava nel 1978, di fronte alla crisi delle democrazie liberali, come in assenza di una verità comune la libertà avesse bisogno di un’idea di bene comune condiviso. Non si capirebbe l'Occidente se non si comprendesse la complessa, e talvolta contraddittoria, cultura della libertà. La rappresenta la figura dell'eroe mitico greco, Ulisse, che personifica la ricerca e la libertà.
L'anima dell'Europa la spinge a uscire e incontrare. Non siamo oggi solo tra religioni, ma tra mondi culturali, tra civiltà in cui la religione ha giocato un ruolo determinante. Abbiamo parlato di dialoghi di civiltà. Credo sia un'occasione opportuna. Il mondo globalizzato produce un effetto ottico fuorviante: tutto sembra avvicinarsi con la potenza dei media, dei social media, degli scambi, ma anche si allontana per difendersi, per distinguersi. Lontananza vuol dire distanza, incomprensione, ignoranza. I pregiudizi circolano e sono diffusi. Sì, l'ignoranza, anche se il nostro mondo è molto più alfabetizzato. Basterebbe fare solo l'elenco dei pregiudizi diffusi nel mondo orientale verso l'Occidente e viceversa in Occidente verso l'Oriente e l'islam nel mondo occidentale.
Oriente e Occidente sono differenti nella loro storia, antica e recente, nel loro rapporto con la religione, nelle loro vicende politiche, nella cultura e antropologia. Ma le differenze non cancellano il tanto che unisce: la geografia, la prossimità mediterranea, gli scambi storici, le radici, le responsabilità verso il futuro. Siamo destinati a parlarci intensamente e presto: condannati -uso questa parola- a parlarci dalla geografia e dalla vicinanza, dalle sfide violente e aggressive, dalla lotta all'ignoranza, dalla necessità di costruire un mondo migliore.
Oriente arabo-musulmano e Occidente europeo sono, per tanti aspetti, figli della stessa radice. Ma la storia è andata in altro senso. Sono cresciuti separati. Mi viene in mente la storia dei figli di Abramo, Isacco e Ismaele, che troviamo nella Bibbia e nel Corano. Dice la Sura di Abramo: "E lode sia al Dio che mi ha concesso Ismaele e Isacco anche se ero molto vecchio" (XIV,39). La Bibbia insiste: Ismaele e Isacco, figli dello stesso padre, destinati a crescere lontano. Entrambi figli di Abramo: tanto li unisce, nonostante la storia li abbia divisi.
Mi piace vedere il dialogo tra Oriente e Occidente, come l'incontro tra Ismaele e Isacco, che sono stati separati, ma che scoprono che tanto li unisce: soprattutto sentono, nonostante le diversità, il bisogno di parlarsi e di incontrarsi.

14 giugno 2015

REPAM: un espacio de diálogo...


REPAM: un espacio de diálogo, de concertación de voluntades de muchos grupos, sacerdotes, religiosos, religiosas y...

Posted by Missionarietà on Domingo, 14 de junho de 2015

Veglia ecumenica "Morire di speranza"

Come ogni anno, il Centro Astalli promuove con la Comunità di S. Egidio, la Federazione delle Chiese Evangeliche, le ACLI, la Caritas Italiana e la Fondazione Migrantes, una veglia ecumenica in memoria di quanti hanno perso la vita nel tentativo di raggiungere l'Europa.
Quest'anno un pensiero particolare va alle vittime dei naufragi a largo di Lampedusa, che sono sempre più numerose.
Appuntamento per giovedì 18 giugno alle 18:30 presso la Basilica di Santa Maria in Trastevere.
Presiede il cardinale Antonio Maria Vegliò, presidente del Pontificio Consiglio della Pastorale per i Migranti e gli Itineranti.

Quinto Sogno Missionario di Don Bosco



13 giugno 2015

11° Domingo Tiempo Ordinario _ B


Dall'America Latina un'esperienza di nuova evangelizzazione

“Rinnovati nella nostra missione”. Così, si sono sentiti i direttori delle Scuole di Evangelizzazione di Sant’Andrea, diffuse in tutte il mondo, dopo l’incontro ieri con Papa Francesco. Una realtà, nata in Messico, ma ben conosciuta dallo stesso Pontefice già quando era arcivescovo di Buenos Aires. Il servizio di Benedetta Capelli:

Sulle orme dell’apostolo di cui portano il nome, le Scuole di evangelizzazione di Sant’Andrea vogliono condurre a Gesù i tanti “Pietro” di oggi. La realtà, nata in Messico 35 anni fa, grazie a José Prado Flores, conta duemila scuole in 69 nazioni. Una realtà conosciuta a Buenos Aires dallo stesso cardinale Bergoglio e che ieri ha ritrovato in Vaticano. La vice direttrice della Scuola italiana di Evangelizzazione di Sant’Andrea, Ada Gasparini, racconta così l’udienza con il Papa:

R. - La sensazione che ho provato è stata proprio quella della familiarità. Ha preso spunto dal Vangelo del giorno, che dice “Annunciate il Vangelo”… Ci ha lasciato anche questo mandato con l’ultimo appunto del Vangelo, in cui dice: “Gratuitamente avete ricevuto, gratuitamente date”. E ci ha detto: “Guardate che il denaro e l’evangelizzazione non vanno tanto d’accordo. Quindi rimanete nella gratuità”. Noi, come scuola, siamo partiti con questa gratuità e l'abbiamo sempre tenuta come un punto fondamentale.

D. – Vi siete sentiti, in un certo senso, riconfermati nella vostra missione?
R. – Sì. Riconfermati anche nelle scelte pastorali in questa chiamata ad essere nuovi evangelizzatori in questa società e in questo millennio in cui c’è molta fame, fame e sete di ascoltare la Parola, di ascoltare Gesù che parla. Noi prestiamo la voce, prestiamo le gambe a Gesù: siamo disponibili…

La Scuola di Evangelizzazione Sant'Andrea è dunque una comunione di scuole in tutto il mondo che condividono una visione, una metodologia e un programma di formazione. Il commento di Sofia Agazzi, direttrice della Scuola italiana di Evangelizzazione di Sant’Andrea:

R. – La nostra specificità è quella di formare evangelizzatori, anzi nuovi evangelizzatori per la nuova evangelizzazione.

D. – come avviene questo percorso di formazione?
R. – Avviene con un percorso che noi diciamo “progressivo, sistematico e integrale”, che è formato da ben 21 corsi, più altri corsi opzionali: tutti centrati sulla Parola di Dio. I nostri corsi non sono tanto corsi accademici, sono soprattutto corsi che si avvalgono di una metodologia attiva partecipativa, esperienziale, in cui avviene proprio questa apertura del cuore. Noi, attraverso questa forma di evangelizzazione, facciamo riscoprire la perla preziosa che deve essere nel cuore di ciascuno. E’ un cambiamento di vita: non è la scuola che cambia la vita, è la Parola di Dio di cui noi siamo innamorati, di cui noi vogliamo sempre più innamorarci. Alla fine ciò che rende nuovo è lo Spirito Santo.

http://it.radiovaticana.va/

12 giugno 2015

Migranti. No scorciatoie ma buona politica


11 giugno 2015

Sr. Agnese Pegoraro

Carissime sorelle, all’alba del 9 giugno 2015, nella casa “Suor Maria Troncatti” di Quito Cumbayá (Ecuador), il Signore della vita ha chiamato alla gioia eterna la nostra cara Suor Agnese PEGORARO. Nata a Rosà (Vicenza) il 20 giugno 1922. Professa a Casanova di Carmagnola (Torino) il 5 agosto 1945. Appartenente all’Ispettoria Ecuadoriana “Sacro Cuore”.
Agnese, ultima di otto figli, nacque da genitori che seppero trasmettere ai figli una fede profonda con la partecipazione quotidiana alla Messa e la frequenza ai Sacramenti. Visse l’infanzia e la fanciullezza in un clima di affetto, serenità, comprensione e rispetto. Partecipava alle attività della Parrocchia come catechista ed era membro dell’Azione cattolica e dell’Associazione missionaria. Le conferenze e le proiezioni sulle missioni risvegliarono in lei il desiderio di donarsi totalmente al Signore come missionaria, ideale che si rinvigorì con l’aiuto spirituale del parroco il quale la indirizzò all’Istituto delle FMA.
Le prime tappe della formazione iniziale: aspirantato e postulato, le visse ad Arignano. Ricordava che le riusciva difficile seguire il dinamismo ricreativo delle compagne e la direttrice, suor Nella Franchia, l’aiutò ad ambientarsi e a sentirsi in famiglia. Visse il noviziato a Casanova, durante la seconda guerra mondiale. La maestra, suor Giulia Mia, accompagnava con saggezza le novizie perché fossero autentiche FMA e assimilassero il carisma educativo missionario. Durante la guerra la Madre e il Consiglio generale erano sfollate da Torino a Casanova, per questo suor Agnese scrisse: «Conservo dei bellissimi ricordi della presenza delle Consigliere Generali che condividevano con noi novizie la ricchezza spirituale del carisma dell’Istituto».  
Il 5 agosto 1945 fece la prima professione e venne accolta nella Casa generalizia di Torino come aiutante nei lavori di ricamo, taglio e cucito. L’8 marzo 1947 partì per l’Ecuador come missionaria. Sucúa fu la sua prima comunità dove si dedicò ad insegnare taglio e cucito alle bambine e alle giovani colone e shuar. Nel 1950 venne trasferita alla casa “Corazón de María” di Cuenca, come assistente delle novizie e delle postulanti, e dove l’anno seguente emise i voti perpetui. Trascorse poi alcuni anni a Guayaquil come insegnante e anche economa. Trascorse poi ancora un periodo nelle case di missione a Limón, Bomboiza e Macas.
Ovunque, suor Agnese, sia nelle case di formazione che nelle scuole e negli oratori, mise al servizio dell’educazione le sue abilità per il ricamo e il cucito donando con semplicità e amore il meglio di se stessa. Nel 1979 venne nominata animatrice della comunità “Santa Maria Mazzarello” di Quito. In seguito lavorò nelle case di Macas, Cuenca “Corazón de María” e nella casa “S. Famiglia” della stessa città dove fu per pochi anni direttrice. Poi fu economa a Quito “S. Cuore”. Più a lungo lavorò come insegnante e catechista a Playas. Dal 2013 si trovava nella comunità “Suor Maria Troncatti” di Quito Cumbayá dove visse gli ultimi anni offrendo al Signore la sua anzianità.
Lasciò scritto: «Tutte le volte che mi fu possibile godevo nel trovarmi in mezzo alle giovani compiendo il mio apostolato. Con l’aiuto del Signore e della Vergine Ausiliatrice ho lavorato per loro con entusiasmo, creatività e gioia; ho cercato di voler loro molto bene, comprenderle e formarle alla vita cristiana e sociale, affinché fossero felici. Sento che è bello giungere alla terza età ed è da saggi sapersi accettare con tutti i limiti e convincersi che ogni servizio fatto con amore, per l’estensione del regno di Dio e per il bene delle bambine e della gioventù, è l’unica cosa importante davanti a Dio».
Cara suor Agnese, grazie per la tua vita missionaria nella nostra terra ecuatoriana. Il Signore ti conceda di godere della sua divina presenza per la tua donazione, fedeltà e dedizione al servizio dei piccoli e dei grandi a te affidati. Intercedi presso il Sacro Cuore di Gesù affinché ci benedica con nuove e sante vocazioni per l’Istituto, per l’Ispettoria alla quale ti sei donata con generosità, semplicità e gioia.

L’Ispettrice    
Suor Beatriz Navarro